O pivô dominicano José Vargas anunciou nesta segunda que fará no Brasil a sua despedida oficial do basquete. O jogador de 42 anos se despediu da seleção de seu país com uma cesta de três pontos marcada contra a Venezuela na sexta, pela última rodada da segunda fase da Copa América, encerrada ontem em Santo Domingo.

– Depois reservarei um tempo para pensar no que vou fazer após 27 anos jogando basquete. Ainda não sei especificamente onde está meu futuro nesse esporte – comentou.

Um dos mais sólidos e carismáticos jogadores dominicanos, Vargas participou pouco da Copa América deste ano, embora tenha sido mantida a admiração dos torcedores locais, que em todas as partidas da República Dominicana gritavam o carinhoso apelido de “grilo”.

O jogador acredita que a Federação Dominicana de Basquete deve investir mais na formação de uma equipe permanente de alto nível, que responda às expectativas da torcida local.

– É preciso trabalhar dentro de um planejamento mínimo de quatro anos, como estão fazendo o Brasil e o Panamá – afirmou Vargas, que é favorável à integração de mais jogadores à pré-seleção nacional.

– É muito importante a chegada de dominicanos formados no exterior, mas também é preciso apoiar os jovens que vivem no país, os que conhecem a problemática do nosso basquete – completou.

Com o sexto lugar na Copa América, a República Dominicana não conseguiu se classificar para Mundial do Japão, em 2006. O Brasil foi o campeão do torneio continental, após vencer a Argentina por 100 a 88 na decisão.

AGÊNCIA EFE